TÉCNICO EM RADIOLOGIA
Exigência: Ensino Médio Completo
Duração: 18 meses
Estágio: 400 horas
Dias: 2 Vezes na semana
Horários: Manhã, Tarde, Noite, e aos Sábados
Horários
Manhã: 09:00 às 12:30h – Aulas 2 vezes na semana
Tarde: 13:30 às 17:00h – Aulas 2 vezes na semana
Noite: 18:30 às 22:00h – Aulas 2 vezes na semana
Sábado: 08:00 às 16:00h – Aulas 1 vezes na semana
Documentos Necessários para Matrícula
Identidade
CPF
Comprovante de Residência
Certidão de nascimento ou Casamento
Certificado de Reservista
Certificado de Ensino Médio
Diário Oficial Original do Ensino Médio
Hemograma com contagem de plaquetas
Atestado Médico
RX convencional
Você já deve ter ouvido aquele papo de que os exames de raios X são superperigosos e que podem nos levar a desenvolver vários problemas de saúde, incluindo o câncer. No entanto, até onde essas histórias não passam de mitos e até onde elas são verdadeiras? Pois os especialistas em radiologia produziram uma série de informações sobre o tema, que vão ajudar a tirar todas as suas dúvidas de uma vez por todas. De acordo com eles, é comum que as pessoas sintam curiosidade pela radiologia, especialmente devido ao fato de os profissionais empregarem equipamentos que utilizam os raios X e raios gama para a produção de exames médicos. Quem descobriu essa “ferramenta” foi o físico alemão Wilhelm Röntgen, que, em 1895, produziu radiação eletromagnética nos mesmos comprimentos de onda que as emitidas pelos raios X pela primeira vez.
Funcionamento
Só para você entender melhor, basicamente, os aparelhos de raios X funcionam como máquinas fotográficas que, em vez de utilizar a luz para expor o filme, empregam os… raios X! Contudo, embora essa radiação também se apresente na forma de ondas magnéticas — como a luz —, ela é mais energética e, portanto, é capaz de penetrar vários materiais com diferente intensidade.
É por essa razão que é possível observar — e distinguir — diferentes estruturas que existem no nosso corpo, ou seja, porque os músculos, a gordura, os ossos e outros órgãos são capazes de absorver os raios X em níveis diferentes.
Evolução
Da descoberta dos raios X para cá, o uso desse tipo de radiação deixou de ser apenas uma forma de gerar imagens do corpo humano e se transformou em uma importante ferramenta. A tecnologia auxilia os profissionais da saúde a planejar as diferentes etapas e procedimentos para que os resultados finais dos tratamentos sejam mais rápidos e precisos.
Contudo, apesar da importância dos raios X, existe muito temor com respeito aos possíveis efeitos colaterais provocados pela exposição durante os exames, mesmo os de rotina. E é aqui que em cena a proteção e higiene das radiações e a nossa principal ferramenta para tal, é o conhecimento da natureza e comportamento desta energia, o que permitiu a evolução dos meios de proteção e monitoramento desta energia, e a evolução dos aparelhos que produzem esta energia para fins médicos.
CURSOS DE CAPACITAÇÃO
MAMOGRAFIA
Este exame é usado para detecção precoce do câncer de mama antes mesmo de ser identificado clinicamente por meio da palpação.
MAMOGRAFIA é o principal exame para detectar o câncer de mama A mamografia é um exame radiológico para avaliação das mamas, feita com um aparelho de raio-X chamado mamógrafo. Pode identificar lesões benignas e cânceres, que geralmente se apresentam como nódulos, ou calcificações. Este exame é usado para detecção precoce do câncer de mama antes mesmo de ser identificado clinicamente por meio da palpação.
Tipos de mamografia
Existem dois tipos de aparelhos de mamografia: o convencional e o digital. Ambos utilizam o raio-X para a produção da imagem da mama. A diferença está na forma como ocorre a captação da imagem mamográfica.
- Mamografia convencional: utiliza com um filme que após a exposição da mama ao raio-X deve ser processado. A imagem da mama é armazenada no próprio filme e caso haja algum problema técnico com o filme, este terá que ser refeito.
- Mamografia digital: utiliza um detector que transforma o raio-X em sinal elétrico e transmite para um computador. A mamografia digital oferece vantagens em relação à convencional. A imagem mamográfica pode ser armazenada e recuperada eletronicamente. Permite ao radiologista ajustar as imagens, no próprio monitor da estação de trabalho, realçando ou ampliando alguma área, para melhor analisá-la. Existem, ainda, softwares que auxiliam na detecção de lesões. Com todas essas ferramentas, a mamografia digital pode requerer menor repetição de imagens em relação à analógica, reduzindo assim a exposição à radiação.
Mamografia digital tem imagem exibida no computador Até o momento, os estudos não demonstraram diferenças significativas entre a mamografia digital e analógica, com relação à capacidade de detecção do câncer de mama para a população geral. No entanto, a mamografia digital parece ser mais precisa do que a mamografia convencional em mulheres mais jovens e com mamas densas.
Indicações da mamografia
A principal indicação da mamografia é para o rastreamento do câncer de mama. Nesse caso, a mamografia deve começar a ser feita a partir dos 40 anos, anualmente, para mulheres da população geral. Porém, para aquelas que possuem casos de câncer de mama na família, em parentes de primeiro grau (mãe, irmã e/ou filha), o risco de câncer de mama pode ser maior que o da população geral. Nestes casos, a mamografia pode começar a ser feita 10 anos antes do caso mais precoce entre as parentes que tiveram a doença. Por exemplo: se uma mulher descobriu um câncer de mama aos 40 anos, sua filha deve começar a fazer mamografias anualmente aos 30 anos. A mamografia, porém, não é recomendada antes dos 25 anos porque a mama é mais susceptível à radiação nessa faixa etária. Mesmo mulheres que tiveram casos familiares muito cedo (aos 30 anos, por exemplo), devem esperar até os 25 para fazer a primeira mamografia. Antes disso, a indicação nesses casos são ultrassonografias.
MEDICINA NUCLEAR
A Medicina Nuclear é uma especialidade médica que utiliza métodos seguros, praticamente indolores, não invasivos e de relativo baixo custo para fornecer informações que outros exames diagnósticos não conseguiriam, através do emprego de fontes abertas de radionuclídeos.
O que é medicina nuclear?
A Medicina Nuclear é uma especialidade médica que utiliza métodos seguros, praticamente indolores, não invasivos e de relativo baixo custo para fornecer informações que outros exames diagnósticos não conseguiriam, através do emprego de fontes abertas de radionuclídeos. Habitualmente os materiais radioativos são administrados in vivo, por via venosa, oral, inalatória ou subcutânea, e apresentam distribuição para órgãos ou tipos celulares específicos, não havendo risco de reações alérgicas. Esta distribuição pode ser ditada por características do próprio elemento radioativo. Outras vezes, o mesmo é ligado a um outro grupo químico, formando um radiofármaco, com afinidade por determinados tecidos.
A radioatividade da maioria dos elementos empregados cai para a metade (meia vida) em questão de horas ou dias e a radiação emitida é do tipo gama, similar aos raios X. O tempo de permanência dos materiais radioativos no corpo do paciente é ainda mais reduzido considerando-se que muitas vezes ocorre eliminação deste pela urina. Tomando como exemplo o tecnécio-99m, isótopo empregado para a marcação da maioria dos radiofármacos, verificamos que sua meia-vida é de apenas 6 horas e emite radiação gama com energia de 140 keV. A dose de radiação dos procedimentos diagnósticos em Medicina Nuclear é, de uma forma geral, similar ou inferior à de outros métodos diagnósticos que empregam raios X.
Nas aplicações diagnósticas, a distribuição do radiofármaco no corpo do paciente é conhecida a partir de imagens bidimensionais (planares) ou tomográficas (SPECT), geradas em um equipamento denominado câmara cintilográfica. A maior ou menor captação dos compostos permite avaliar a função dos tecidos, ao contrário da maioria dos métodos radiológicos que dão maior ênfase na avaliação morfológica dos órgãos. A avaliação funcional realizada pela Medicina Nuclear traz, muitas vezes, informações diagnósticas de forma precoce em diferentes patologias. Essas alterações podem ser detectadas quando ainda não há mudanças significativas na anatomia e mesmo antes dos sintomas aparecerem, conferindo à cintilografia elevada sensibilidade diagnóstica e promovendo melhores chances de tratamento efetivo ao paciente.
Assim, estamos muito acostumados com as imagens anatômicas em exames complementares, que localizam, medem, calculam volumes, avaliam a forma em três dimensões, em cortes tomográficos e que caracterizam estruturalmente os órgãos e as lesões em estudo. Porém, a imagem funcional acrescenta uma informação diferente e o objetivo aqui é outro: conhecer o comportamento metabólico e como está a função do órgão em estudo. Outra vantagem é poder realizar, de uma só vez, exames de corpo inteiro no paciente como, por exemplo, no caso da cintilografia óssea e pesquisas de metástases.
Dentre os exames em Medicina Nuclear hoje disponíveis, incluem-se análises do funcionamento do coração, cérebro, tireoide, rins, fígado e pulmões, avaliação de doenças nos ossos, além do diagnóstico de tumores nos principais órgãos do corpo. Alguns radioisótopos emitem radiação beta, com maior poder de ionização dos tecidos. Estes materiais também têm sua captação dirigida para tecidos específicos, como no exemplo do iodo-131 captado pela tireoide. Quando administrados em altas atividades, estes isótopos podem ser empregados com finalidade terapêutica (no exemplo citado, o iodo-131 permite a redução seletiva do parênquima glandular em casos de hipertireoidismo ou mesmo o tratamento de metástases do carcinoma bem diferenciado da tireoide). A Medicina Nuclear pode também auxiliar no tratamento de tumores neuroendócrinos e da dor nas metástases ósseas.
HEMODINÂMICA
Inicialmente utilizada como método diagnóstico, a hemodinâmica passou também a realizar procedimentos terapêuticos para diversos problemas cardiovasculares, congênitos e adquiridos.
Diagnóstico e Tratamento através da Hemodinâmica
Foi o radiologista Forsmann quem deu início à técnica do cateterismo cardíaco, na década de 40, inserindo uma sonda na própria veia e conduzindo-a até o átrio direito do coração, com o auxílio do raio X. No final dos anos 50, surgiram os primeiros cateteres e a técnica da coronariografia, que é o cateterismo seletivo das artérias coronárias por imagens de radioscopia, método inventado por Sones.
Com a evolução, a hemodinâmica passou a estudar as patologias das artérias coronárias de forma mais direta e objetiva e a ser utilizada, também, como método terapêutico. As obstruções das coronárias, que causavam os infartos, antes diagnosticadas apenas após a morte, começaram a ser descobertas em vida, possibilitando assim o tratamento através das cirurgias de Ponte de Safena, criação do argentino Favaloro. Essa descoberta mudou o conceito de que a doença coronariana só podia ser tratada através de medicação.
Inicialmente utilizada como método diagnóstico, a hemodinâmica passou também a realizar procedimentos terapêuticos para diversos problemas cardiovasculares, congênitos e adquiridos. Com o avanço da medicina, surgiram as técnicas da angioplastia das artérias coronárias – método de desobstrução das artérias -, da valvuloplastia e fechamento de defeitos congênitos.
Os exames são realizados por médicos especializados, através da introdução de pequenos cateteres inseridos pela punção de uma artéria, que poderá ser a artéria radial (punho), braquial (cotovelo) ou femoral (virilha). Atualmente a via mais utilizada é a femoral, devido ao seu avantajado calibre que favorece a introdução do cateter.
A rápida recuperação e o retorno precoce às atividades são alguns dos benefícios oferecidos ao paciente. Vale ressaltar que, apesar de ser realizado através de um pequeno corte na pele, o procedimento é considerado uma técnica cirúrgica e é recomendado que seja feito mediante internamento. A previsão de alta médica é de 48 a 72 horas, a depender do estado do paciente.
IRRADIAÇÃO DE ALIMENTOS
Este método foi utilizado em primeira mão por cientistas britânicos em 1905 […] para inativar um parasita humano […] que contaminava os músculos do porco.
O processo de irradiação compreende a exposição de alimentos a um predeterminado nível de radiação de ionização de acordo com o tipo de produto alimentar que se pretende tratar
A irradiação dos alimentos não é uma tecnologia recente, pois é muito mais antiga e muito mais estudada que outros processos de conservação introduzidos na indústria alimentar nos últimos anos. A descoberta dos raios-x em 1985 e de substâncias radioativas um ano mais tarde conduziu a imensas investigações sobre os efeitos biológicos da radiação ionizante.
Este método foi utilizado em primeira mão por cientistas britânicos em 1905 e mais tarde usada nos Estados Unidos da América para inativar um parasita humano, a Trichinella spiralis, que contaminava os músculos do porco. O processo de irradiação compreende a exposição de alimentos, quer pré-embalados ou sem embalagem, a um predeterminado nível de radiação de ionização de acordo com o tipo de produto alimentar que se pretende tratar, sejam estes produtos derivados de plantas, como vegetais, frutas e cereais ou até derivados de animais, como carne ou peixe. Neste processo é muito importante conhecer as fontes de radiação de ionização, pois ocorre uma interação ao nível molecular e por isso é necessário entender a forma como a energia é quantificada e também a extensão em relação às suas limitações e vantagens, pois o excesso de energia pode por em risco a qualidade do alimento. As fontes desta energia são os raios-γ dos radionuclídeos 60Co ou 137Cs, raios-x ou por aparelhos que funcionem a determinados níveis de energia. Possíveis aplicações da irradiação são a desinfestação, o prolongamento da vida de prateleira, a descontaminação e o melhoramento da qualidade do produto, pois provocam efeitos nos microrganismos e nos componentes dos alimentos, tais como proteínas, hidratos de carbono, lipídios e vitaminas. Todas estas fontes de radiação exigem um elevado planeamento, quanto à sua viabilidade económica, a sua instalação deve cumprir a legislação de higiene e segurança e também a adesão a estes produtos por parte do consumidor é um fator importante a considerar face à sua consagração no mercado.
RADIOLOGIA INDUSTRIAL
Estes ensaios são técnicas de controle de qualidade para inspecionar os materiais sem alterar as suas características, incluindo a produção de imagens internas dos materiais por meio dos Raios X ou Gama.
A Radiologia Industrial é a utilização das radiações ionizantes com finalidade industrial, são diversas as aplicações na radiologia nesta área, a sua maior utilização está vinculada ao processo de controle de qualidade de produtos e matérias. A diferença entre Radiologia Industrial e Radiografia Industrial é bem simples. A Radiologia Industrial envolve diversas aplicações das radiações ionizantes no setor industrial, enquanto a Radiografia Industrial é uma área da Radiologia Industrial, em que são utilizados os Raios-X e Gama para produção e visualização de imagens de peças.
Os procedimentos técnicos envolvidos no controle de qualidade da Radiologia Industrial se aplicam em um termo chamado de Ensaios Não Destrutivos (END), estes ensaios são técnicas de controle de qualidade para inspecionar os materiais sem alterar as suas características, incluindo a produção de imagens internas dos materiais por meio dos Raios X ou Gama. Esta é uma área que requer uma noção própria de proteção radiológica
Principais Aplicações da Radiologia Industrial
Dentro dos Ensaios Não Destrutivos, tem seu papel em industriais petroquímicas como a Radiologia Industrial na Petrobras e em outras indústrias de petróleo. Utilizada também para o controle de qualidade em peças soldadas e fundidas em fábricas automobilísticas, siderúrgica e militares, para inspeção de armamentos, explosivos, munições, tanques, navios, aviões e mísseis.
A Radiologia Industrial na Aviação também possui importante função, nesta aplicação são realizadas radiografias de peças importantes de aeronaves comerciais. Peças e assessórios nos jatos e aviões de pequeno e médio porte também são inspecionados através de radiografias.
A Inspeção de Segurança é outra área da Radiologia Industrial, nessa são incluídas a inspeção de portos, aeroportos e rodovias, através de equipamentos chamados Scanners que realizam a imagem do interior de containers, bagagens, malas de carros, roupas e até interior do corpo de pessoas, também utilizada na segurança de eventos e presídios.
Outra aplicação é a Irradiação de Alimentos, que eliminam fungos e bactérias, conservando a utilidade e aumentado o prazo de validade de diversos alimentos, de legumes a biscoitos.
Também é utilizada para conservar a ração militar, alimento consumido pelos soldados no exército.
O Mercado de Trabalho na Radiologia Industrial é muito amplo, além destas áreas citadas existem outras aplicações, como a eliminação de bactérias em cosméticos, produtos farmacêuticos, embalagens e produtos médicos descartáveis. Utiliza-se também a radiação para acelerar o envelhecimento de pedras que após envelhecidas se tornam preciosas.
RADIOLOGIA VETERINÁRIA
Em definição a radiologia veterinária é a aplicação das radiações ionizantes e não ionizantes para práticas de diagnóstico e terapia de patologias em animais.
Conheça a Radiologia Veterinária e suas Aplicações
A Radiologia é uma área muito empregada dentro da Medicina Veterinária de hospitais e clínicas. Em definição a radiologia veterinária é a aplicação das radiações ionizantes e não ionizantes para práticas de diagnóstico e terapia de patologias em animais. Muitos pensam que a radiologia veterinária é apenas a radiografia de animais. A radiologia veterinária é muito mais ampla. Outro fator que alguns acreditam é que apenas cães e gatos realizam exames de radiologia veterinária. Bem, vamos entender melhor a área.
Você sabia que até animais de grande porte fazem exames de radiologia veterinária? Já imaginou um leão fazendo um exame de Ressonância Magnética?! Isso mesmo, tanto animais de pequeno porte como cães, gatos, pássaros e até peixes, quanto animais de grande porte como tigres, leões e até cavalos fazem exames.
Diagnóstico na Radiologia Veterinária
Os exames de diagnóstico por imagem são realizados com equipamentos de Raios-X, Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética, Ultrassonografia e também com equipamentos de Medicina Nuclear. Os métodos são escolhidos de acordo com a suspeita a ser diagnosticada e facilidade de realização do exame.
RADIOTERAPIA
A Radioterapia é o uso terapêutico da radiação para o tratamento de alguma enfermidade.
O que é radioterapia?
Em um sentido mais amplo, a Radioterapia é o uso terapêutico da radiação para o tratamento de alguma enfermidade. Existem 3 modalidades clínicas utilizadas:
- Injeção de radioisótopos na corrente sanguínea (como em alguns casos de câncer de tireoide)
- Braquiterapia, em que fontes radioativas na forma de aplicadores especiais – agulhas, sementes ou fios – são colocadas em contato direto com o local onde se deseja empregar a radiação. Exemplos comuns são os implantes utilizados no tratamento dos tumores ginecológicos e da próstata, entre outros;
- Teleterapia, ou radioterapia com feixe externo, que é a modalidade mais difundida. A fonte irradiante se posiciona externamente ao paciente, a certa distância dele, podendo-se utilizar de diversas máquinas, como o gerador convencional de raios-X, a unidade de Co-60 e, mais comumente, os aceleradores lineares.
Quando e para quem é indicada?
Atualmente é utilizada tanto em doenças benignas quanto malignas, de forma exclusiva ou associada à cirurgia e à quimioterapia. Nos últimos anos, a radioterapia tornou-se imprescindível a quase 2/3 dos pacientes portadores de câncer maligno em algum momento do curso da doença. Essa ação pode resultar na eliminação do tumor, uma melhora na qualidade de vida e aumento das taxas de sobrevida do paciente.
Quais são os cuidados necessários durante o tratamento?
Os cuidados são voltados para a diminuição dos sintomas do paciente, como por exemplo, medicamentos para náusea, vômitos, diarreia, dor, etc. De uma forma geral, deve-se evitar a exposição solar do local irradiado durante e logo após o tratamento. Além disso, cuidados especiais com a pele podem ser tomados, como o uso de produtos à base de Aloe Vera ou Camomila, lembrando sempre que deve-se fazer a retirada do excesso destas substâncias antes de cada sessão de radioterapia. Manter o local limpo durante o tratamento é outra dica interessante.
Quais são os efeitos colaterais?
Os efeitos colaterais da radioterapia se relacionam aos órgãos que estão sendo tratados, uma vez que os efeitos da radiação são locais, ou seja, diferente da quimioterapia, que possui efeitos sistêmicos (corpo todo). De modo geral, a pele irradiada pode ficar avermelhada e coçar ou arder, podendo evoluir para bolhas e descamação. Dependendo da região tratada, podem surgir: dor, náusea, vômito, diarreia, falta de apetite, cansaço, ardência urinária, etc.
Como amenizar os efeitos colaterais?
Dicas gerais são: manter uma alimentação equilibrada durante o tratamento, bem como vigorosa hidratação; hábitos de vida saudáveis são sempre bem-vindos, como uma atividade física leve (a depender das condições clínicas do paciente). Além disso, existem medicações e produtos específicos que podem ser orientados pelo seu médico durante e após o tratamento, ressaltando a importância de se evitar a automedicação.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Conectado a um computador, o aparelho de ressonância magnética fornece “fotografias” tão nítidas do interior do corpo que permitem ao médico ter uma excelente visão dele.
O que é a ressonância magnética?
Qual seria a melhor maneira de visualizar o interior do corpo humano? Abri-lo, não é verdade? Mas isso não é mais necessário. Conectado a um computador, o aparelho de ressonância magnética fornece “fotografias” tão nítidas do interior do corpo que permitem ao médico ter uma excelente visão dele. Ainda mais: pode virtualmente fatiá-lo e fornecer “fotografias” de cada uma dessas fatias. Assim, a ressonância magnética tornou-se o mais moderno e o mais perfeito exame de diagnóstico por imagem, fornecendo imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético. Ela consegue detectar anomalias que os exames anteriores não conseguiam, além de fornecer imagens mais detalhadas que as que se consegue com outros métodos de exame. O aparelho em que o exame é feito consta de um tubo circundado por um grande imã, no interior do qual é produzido um potente campo magnético.
Como realizar o exame de ressonância magnética?
Geralmente o exame não exige nenhum preparo prévio (às vezes, de acordo com o exame a ser realizado, pode ser solicitado um jejum de 4 a 6 horas) e tão logo terminado o procedimento, o paciente pode retomar suas atividades normais. Não é necessário interromper qualquer medicação que o paciente esteja tomando.
A pessoa que passa pelo exame de ressonância magnética deita-se numa maca e é orientada a ficar imóvel, enquanto, por deslizamento, é introduzida dentro de um tubo constituinte do aparelho. Como os movimentos impossibilitam a captação de imagens precisas, as crianças e os pacientes que não consigam se controlar necessitam ser sedados antes do exame.
O exame pode durar de 15 minutos até mais de uma hora, dependendo do objetivo. A ressonância magnética utiliza radiação do tipo não ionizante. Uma vez que o aparelho gera um potente campo magnético (10.000 vezes maior que o campo magnético da terra), é preciso tomar certos cuidados durante o exame e mesmo fora dele. Pequenos objetos metálicos podem se transformar em projéteis ao serem atraídos pelo campo magnético da ressonância. Mesmo objetos grandes e pesados, como estantes e bancos presentes na sala, podem ser atraídos. O fato de ser submetido a esse campo magnético não acarreta nenhum dano biológico ao ser humano, mas o técnico ou o médico que realiza a ressonância magnética deve dar aos pacientes instruções detalhadas, entre as quais:
- O paciente deve ir ao banheiro antes do exame para que não experimente nenhuma urgência durante o mesmo, que pode durar um período longo.
- O paciente não deve se mexer durante todo o exame, mas pode se comunicar com o médico para pedir ou receber instruções ou relatar o que estiver sentindo.
- A ressonância é um procedimento ruidoso. O paciente deve usar um protetor ou fone de ouvidos, geralmente oferecido pela instituição que faz o exame.
- Alguns pacientes com perfil fóbico podem se sentir incomodados no interior do tubo de ressonância magnética ou mesmo se recusarem a entrar nele. Em casos mais intensos, ele pode optar por um aparelho aberto ou ser submetido a uma sedação rápida, embora isso signifique introduzir uma complicação a mais numa técnica relativamente inócua.
- A roupa usada no exame não pode conter metais (como botões e fivelas).
- Alfinetes, grampos de cabelo e zíper de metal podem distorcer as imagens da ressonância magnética e também devem ser retirados.
- Aparelhos e objetos como cartões de crédito, relógios, óculos, aparelhos de surdez, celulares, próteses ortodônticas móveis e piercings devem ser retirados, mas aparelhos ortodônticos fixos não representam riscos para o paciente, embora possam prejudicar a qualidade das imagens.
- Antes do exame devem ser informados ao médico, para que ele decida sobre a possibilidade ou não do exame, o uso de clipes de aneurismas cerebrais, marca-passos cardíacos, prótese coclear, fragmentos de metal no corpo, implantes oculares etc.
- Outros dispositivos, como DIU, clipes de cirurgias da vesícula, válvulas cerebrais, implantes ortopédicos e stents vasculares implantados há mais de seis semanas podem ser admitidos sem problemas.
- Por medida de segurança, mulheres grávidas só devem se submeter ao exame depois da 12ª semana de gravidez. Não são conhecidos malefícios para a mãe ou para o feto mesmo nas ressonâncias realizadas antes desse período.
- O limite de peso para o exame é de 160 quilos.
- Em alguns exames vasculares é necessária a aplicação de um contraste venoso (gadolídeo), geralmente inócuo.
Quais são os inconvenientes da ressonância magnética?
- Muitas pessoas não podem fazer esse exame, pois
- Têm em seu corpo algum metal que distorce as imagens;
- Usam aparelhos que podem ter seu funcionamento alterado, como marca-passos, por exemplo;
- São grandes demais para entrarem na máquina.
- A claustrofobia de muitos pacientes torna o exame muito incômodo para eles.
- O aparelho de ressonância magnética é relativamente barulhento.
- Durante o exame de ressonância magnética o paciente deve ficar imóvel por longos períodos.
- A ressonância magnética ainda é um procedimento custoso.
RX ODONTOLÓGICO
Uma coisa extremamente útil no consultório odontológico e que serve para os mais diversos procedimentos é o raio-x odontológico. Existem vários tipos de raios-x com as mais diversas finalidades, vamos falar sobre os mais corriqueiros e não podemos esquecer que a maioria das clínicas já trabalha com raio-x digital ou tomografias computadorizadas mas isso é uma outra conversa.
O raio-x é utilizado na odontologia para que o dentista possa ter a visão do superman (ou quase isso). Com o raio-x podemos ver o que somente com nossos olhos não vemos. Podemos achar dentes que estão presos dentro do osso e que nunca nasceriam ou podemos ver lesões como granulomas ou cistos que ficam muito bem escondidos perto da raiz do dente. Eu iria passar o dia todo aqui enumerando os benefícios do raio-x para a exatidão do tratamento.
Quais os principais tipos de raio-x que seu dentista pode solicitar?
— Você vai ouvir falar muito de raio-x periapical que são muito úteis no dia-a-dia da clínica e são usados para áreas menores e diagnósticos que não precisam de muita precisão.
— Radiografias oclusais também são bem vindas em vários casos dando uma área maior e mais completa que o periapical, mas somente de uma arcada.
— Quando for colocar aparelho ortodôntico vai ter que fazer uma documentação ortodôntica completa que inclui vários documentos importantíssimos de diagnóstico, que devem ficar muito bem guardados durante o tratamento ortodôntico.
— Um dos componentes da documentação ortodôntica é a panorâmica que eu, particularmente, adoro. Ela mostra todos os dentes da arcada, algumas estruturas ósseas bem como algumas “coisitas” mais.
O raio-x não dói quando fazemos nem faz nenhum mal a saúde (não em grandes proporções); devemos apenas ter certos cuidados de proteção como:
— Evitar fazer radiografias em gestantes, somente se for muito necessário e com proteções suplementares.
— Todo raio-x deve ser batido protegendo tanto o dentista quanto o paciente. Essas proteções são em material que não permite a “passagem” da radiação como o chumbo.
— Em casos de raio-x digital não requer tanta proteção mas tem suas restrições.
É importante conhecermos os efeitos da radiação e suas utilidades. Se informe que o conhecimento é um bem necessário e facilita muito nosso dia-a-dia.
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
A tomografia computadorizada baseia-se nos mesmos princípios técnicos que a radiografia tradicional, e na verdade é uma evolução técnica dela, só que usa uma radiação maior e toma imagens fatiadas dos segmentos que examina, as quais o médico superpõe imaginativamente para obter uma visão tridimensional.
O que é tomografia computadorizada?
A tomografia computadorizada é um exame simples, capaz de obter imagens em tons de cinza de “fatias” de partes do corpo ou de órgãos selecionados, as quais são geradas graças ao processamento por um computador de uma sucessão de imagens de raios X de alta resolução em diversos segmentos sucessivos de partes do corpo ou de órgãos. Hoje em dia existem vários modelos de aparelhos de tomografia computadorizada e o funcionamento deles pode diferir um pouco uns de outros, mas todos têm em comum o fato de se utilizarem dos raios X para obterem imagens do interior do corpo.
A tomografia computadorizada baseia-se nos mesmos princípios técnicos que a radiografia tradicional, e na verdade é uma evolução técnica dela, só que usa uma radiação maior e toma imagens fatiadas dos segmentos que examina, as quais o médico superpõe imaginativamente para obter uma visão tridimensional. Em alguns casos há necessidade de se utilizar um contraste injetável, a fim de aumentar a capacidade diagnóstica. As imagens da tomografia podem ser tomadas em dois planos básicos: o axial (perpendicular ao maior eixo do corpo) e o coronal (paralelo a sutura coronal do crânio) e permitem reconstruções no plano sagital (paralelo a sutura sagital do crânio) e tridimensionais.
Qual é o procedimento adotado para se obter uma tomografia computadorizada?
A preparação para o exame é muito simples e consta apenas de cuidados antialérgicos nos pacientes que forem tomar contraste ou no jejum de seis horas para todos. Geralmente não é necessário suspender a medicação que o paciente venha usando, mas pacientes diabéticos que estejam tomando o medicamento Glucoformin e que forem usar contraste devem suspendê-lo três dias antes e três dias após o exame.
O exame de tomografia computadorizada é totalmente indolor e sem contraindicações e dura apenas cerca de 15 minutos. O paciente deve deitar-se em uma mesa que desliza para dentro de um tubo, a qual se desloca para permitir imagens de novas “fatias” do segmento ou órgão corporal examinado. O único desconforto que sentirá é o de dever permanecer imóvel durante a realização do procedimento. O contraste injetado (se for o caso) pode provocar transitoriamente um gosto metálico na boca e uma sensação de calor. O aparelho que obtém as imagens consta de um tubo de cerca de 70 centímetros de diâmetro, sendo que de um de seus lados se encontra uma ampola que emite raios X e do lado oposto um aparato que capta a radiação e gera as imagens, transmitindo-as a um computador conectado ao aparelho. Nos aparelhos mais recentes a bomba de raios X gira 360º em torno do tubo, permitindo imagens mais detalhadas e nítidas.
Tem havido constantes avanços tecnológicos nesse campo e os aparelhos de última geração permitem imagens melhores, tomadas mais rapidamente. Nos aparelhos de tomografia mais antigos, a mesa se desloca alguns milímetros ou centímetros e para visando a realização de um novo corte, mas nos aparelhos atuais ela avança de maneira contínua enquanto os cortes são feitos. Com a tecnologia mais nova da tomografia computadorizada é possível até mesmo estudar a circulação sanguínea.
Quais são as vantagens e as desvantagens da tomografia computadorizada?
A maior vantagem da tomografia computadorizada em relação à radiografia tradicional é que ela permite o estudo de secções transversais do corpo, enquanto aquela apenas mostra as estruturas do corpo sobrepostas em um único plano, permitindo, assim, uma imagem espacial e maior nitidez. Outra vantagem é que ela permite distinguir entre si menores diferenças de densidade nos tecidos e desta forma é capaz de captar anomalias que não seriam visualizadas em radiografias comuns. Cada vez mais, este exame tem se tornado um dos mais requisitados métodos de diagnóstico por imagem.
As principais desvantagens da tomografia computadorizada residem no fato de utilizar radiação maior que uma radiografia tradicional. Essa radiação é ionizante e remove elétrons dos átomos por onde passa e isso tem um efeito negativo sobre o organismo. Embora o risco seja muito baixo, é de extrema importância que as exposições aos raios X sejam controladas e estejam dentro das normas vigentes.
Quando se deve usar a tomografia computadorizada?
A tomografia computadorizada é usada para detectar tumores, fraturas, obstruções circulatórias, alterações nas estruturas orgânicas e outras anomalias teciduais, sendo mais precisa para tecidos moles que as simples radiografias. Hoje em dia a tomografia computadorizada vem perdendo terreno para a ressonância magnética em virtude de duas grandes vantagens dessa última: imagens com maior definição e o fato de não usar energia radioativa
SEGURANÇA DE PORTOS E AEROPORTOS
Para detectar substâncias proibidas, como explosivos e drogas, existem três equipamentos básicos: detector de metais, raio X e detector de traços
Como é feita a segurança nos aeroportos?
Para detectar substâncias proibidas, como explosivos e drogas, existem três equipamentos básicos: detector de metais, raio X e detector de traços, que indica vestígios de explosivos e drogas no corpo e nas roupas dos passageiros. Este último aparelho é a mais nova arma dos grandes aeroportos.
Visão além do alcance
A combinação entre três aparelhos não permite que nada passe despercebido
Detector de Metais
CAMPO INVISÍVEL
Em cada lado do portal há uma bobina de fios de cobre. No lado A, ela está ligada na corrente elétrica, que liga e desliga 60 vezes por segundo. Cada vez que ela liga, forma-se um pulso eletromagnético, que induz a formação de outro pulso no lado B do portal.
PULSO INTERROMPIDO
O campo eletromagnético induzido na bobina do lado B gera uma corrente elétrica nos fios de cobre. Quando alguém atravessa o portal carregando um objeto metálico, ele interfere no campo eletromagnético e, conseqüentemente, na corrente do lado B.
SINAL DEDO-DURO
Os fios de cobre do lado B estão conectados em um equipamento sonoro, abastecido pela corrente elétrica, que pulsa 60 vezes por segundo. Se em um dos pulsos a corrente se altera (pela presença do metal), o aparelho percebe a mudança e apita.
Raio-X
Os raios X são partículas com um alto grau de energia, capaz de atravessar qualquer material orgânico e vários materiais mistos (parte orgânico, parte inorgânico). O aparelho do aeroporto emite dois feixes de raios X, finos o suficiente para “fatiar” os objetos em um ângulo que permita a leitura de objetos sobrepostos
A intensidade com que os raio X atravessam cada objeto depende do material de que ele é feito. Materiais orgânicos deixam passar praticamente toda a radiação, enquanto os metálicos bloqueiam a maior parte dela. Essa radiação é medida por duas camadas de receptores (1 e 2, no desenho abaixo)
Depois de passar pelos objetos, as radiações de diferentes intensidades chegam aos receptores da primeira camada. A radiação fraca (bloqueada por algum objeto) é captada por ela, mas não passa do filtro de cobre que separa as camadas 1 e 2. Já a radiação forte atravessa o filtro de cobre e chega aos receptores da segunda camada
O computador interpreta os dados recebidos pelos receptores de 1 e 2. Se a radiação não chegou nem à camada 1, significa que há um metal na mala. Se chegou à camada 1, mas não à 2, há um material misto. Se chegou à camada 2, é orgânico. O computador pinta os objetos com cores diferentes, de acordo com o material
Detector de traços
O coletor bloqueia as partículas maiores, levando apenas algumas moléculas para a câmara de ionização, onde elas recebem uma carga elétrica positiva e se grudam a um eletrodo com carga negativa. Em seguida, a câmara inverte a carga do eletrodo e as moléculas correm em direção a outro eletrodo instalado na mesma câmara
Como cada molécula tem um peso diferente, cada uma completa a corrida entre um eletrodo e outro num tempo diferente: as leves chegam mais rápido. Como o aparelho já tem na memória o tempo de corrida das substâncias proibidas, ele apita quando o tempo de uma molécula bate com a lista negra
Cães
Apesar de todo aparato tecnológico, as 240 milhões de células olfativas (20 vezes mais do que as nossas) de um cão farejador não são desprezadas no sistema de segurança. Treinados desde o nascimento para encontrar drogas, eles vasculham as bagagens despachadas e, em alguns aeroportos, também as embarcadas.